Há fortes suspeitas que o principal responsável sejam as células da glia, a parte não neurológica que dá suporte e "corpo" ao cérebro. Essas células (microglia) também têm uma função imunológica. Elas fazem a 'faxina' no cérebro, mantendo-o em ordem e sem corpos estranhos. Depois do serviço feito, elas voltam a um estado de repouso e a dor, fatiga e outros comportamentos e sensações típicas de quem enfrenta uma gripe, por exemplo, ou outra convalescência, vão embora. Mas não em quem tem fibromialgia.... Pois elas não desligam, ficam ativas o tempo todo!
Ter fibromialgia é como ter um aparelho de som cujo botão de liga-desliga está emperrado no "liga", e o botão do volume está emperrado no "alto"... Só que em vez de som, o que o "aparelho" propaga é a dor!
Apesar de haver uma propensão genética para a fibromialgia, o fato é que ainda não sabem o que a causa. Nem todos os medicamentos atualmente em uso parecem funcionar para todos os pacientes.
Pelo menos a terapia cognitiva (mudar a forma como se encara a dor e os problemas) tem sim um grande impacto.
Nesta palestra do Dr. Sean Mackey, chefe da área de pesquisa e tratamento da dor da Universidade de Stanford, ele fala sobre tudo isso em detalhes, de uma forma acessível e de fácil compreensão.
Abaixo está o vídeo original da palestra, de 2009, disponibilizado no YouTube. Tem uma duração de quase 1h30.
E você também pode baixar a transcrição e tradução que fiz da palestra, neste arquivo em pdf. Também inclui links para todas as referências e estudos mencionados na palestra. Para ver/baixar a tradução do vídeo acima, basta clicar neste link:
Que isso ajude a esclarecer a realidade da fibro, tanto para quem sofre com ela quanto para seus familiares, colegas e, principalmente, para a classe médica.
Fibromialgia não é imaginação, não é hipocondria, não é preguiça... É uma doença real!
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